Você e quem você ama trocam um olhar, e sentem que tudo parou, que o universo rugiu suas engrenagens, envenenado de amor. O silencio reina absoluto. Mas há algo melódico no ar. Algo que você sente, mas não define. E tudo o que você pode fazer, é perder-se nos olhos do seu amor. Esta melodia, do amor, do universo, do tudo, secreta, insondável, pode ser uma música da banda americana Explosions in The Sky. Junto de bandas como Mogwai, Godspeed You Black Emperor e Tortoise, o Explosions in The Sky consolidam um gênero ignorado pelas grandes corporações fonográficas, o Post-rock.

Formada em 1999, Michael James, Mark Smith e Munaf Rayani conheceram Chris Hrasky, que havia colocado um anúncio em uma loja de discos convocando músicos para formar uma "sad, triumphant, rock band" (triste e triunfante banda de rock). Muitos ensaios depois, no dia 4 de julho daquele ano (dia da independência americana), surgiu a idéia de nomear a banda de Explosions in the Sky. Em agosto de 2000, a banda assinou contrato com a indie Temporary Residence Limited Records, lançando uma série de álbuns que viraram culto entre aqueles que gostam de boa música, e de fugir do óbvio.

A musica do Explosions é carregada de melancolia, docura e suavidade, que nos deixa pouco preparados para os momentos fulgazes em que sua música culmina, misto de amor e dor cheios de sonoridade. Lembra-me um pouco as instrumentações de bandas como os suécos do Paatos (uma das minhas bandas preferidas), algumas coisas de Coldplay, Smashing Pumpkins e Radiohead. Rock de qualidade, independente dos rótulos e modismos.

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