Em Vincere, é contada a história guardada a sete chaves do filho secreto do ditador italiando Benito Mussolini. De proporções operísticas, desvelamos a história de Ida Dasler, uma jovem socialista apaixonada por um jovem intelectual e idealista Mussolini -- até então, membro de uma resistência socialista dividia pelos ideais controversos -- e seu, carisma e bravura.
Assim que ele desapareçe durante a Primeira Guerra Mundial, Ida se vê perdida entre o caos instaurado no país. Depois de voltar da batalha em que serviu, Benito e Ida se encontram novamente. Ela o ajuda finaceiramente a fundar o jornal "Il Popolo di Italia", onde Benito e seus camaradas divulgam seu discurso pró-guerra. Tudo parecia ir bem entre os dois, quando Ida descobre não só que está grávida, mas que Benito era casado e já tinha uma família. Ida Dalser moverá mundos e fundos para que seu filho e ela sejam reconhecidos como esposa e filho legítimos, numa jornada perigosa e destrutiva.
O único filme italiano nomeado para a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2010, foi realizado por Marco Bellucchio, mais conhecido dos cinéfilos pelos filmes Bom Dia, Noite (Buongiorno, notte, de 2003). Bellochio, de 63 anos, é um dos últimos remanescentes da escola neo-realista italiana, ao lado do veterano Bernardo Bertolucci. Seus filmes contém sempre uma temática forte, o questionamento e a rebeldia contra instituições estabelecidas, regras e dogmas. Com o filme A Hora da Religião (L'Ora di Religione, 2002) foi extremamente criticado pela Igreja Católica numa carta enviada ao Festival, uma vez que o filme fora selecionado para a premiação.
O filme é muito bom, assisti meio desacreditado, mas de tanto ler boas críticas nos jornais e pela internet, resolvi dar uma passadinha no Reseva Cultural e conferir. Indicado para os que gostam de cinema-bigráfico-histórico. A cenografia e fotografia são incríveis, e a trilha sonora, soberba. Recomendo.
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