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Confesso que fiquei aturdido quando meu amigo @reisanbarros me mostrou via Twitter o vídeo do garotinho oriental tocando Im Your's do músico Jason Mraz num pequeno ukelele. Não só pelo fato do garotinho não ter mais de 3 anos de idade, mas pelo extremo senso rítmico e coordenação motora que ele apresenta nesta idade! Ual! Há mais estranheza ai. Coincidêntemente, estou lendo o livro Fora de Série do sociólogo Malcolm Gladwell, que trata justamente da genialidade e seu percurso. Acredite, nem só de dom (muito menos divino, olá ateistas!) vem o talento deste pequeno artista!

Nosso segundo pensamento ao ver o pequeno tocando (pois o primeiro varia entre "putaquepariu", "que gracinha", ou mesmo "é Deus") é a clássica "quando crescer, vai ser um grande músico"! Entretando, como Gladwell nos mostra, gênialidade, talento e eficiêcia não são atributos inatos, e sim adquiridos. Citando diversas pesquisas e estudos publicados, ele nos mostra que a proficiência em algo só surge depois de muitas horas de estudo árduo. Este é o fator óbvio.

Mas há também diversos outros fatores menos visíveis a primeira vista: a década do nascimento da pessoa e o momento político-social que o mundo enfrentará nas décadas seguites, o suporte financeiro, o carinho e a educação que receberá da família, uma boa dose de habilidade interpessoal, ótimas oportunidades bem aproveitadas quando aparecem, e o legado deixado pela sua raça ou etnia formam os pilares do que ele chama de um Outsider.

Outsider, em seu sentido explícito, é algo ou alguém que excede todas as espectativas. Seus atos ou existência alteram a percepção de mundo daqueles que estão a sua volta, seu modo de pensar e de agir, diferente de uma pessoa de sucesso, que obtem sucesso, mas não necessariamente muda nada ao seu redor, só obtém mais lucro ou vantagem que os demais.

Bom, espero que de agora em diante, quando voce tiver muita vontade de fazer algo, e tiver medo, admita! Seja honesto consigo! Porque essa de "eu não tenho dom pra coisa" não cola, seu preguiçoso!

Mais:
>> Leia a entrevista do sociólogo Malcolm Gladwell para a Folha de São Paulo.