A improvável parceria de Johnny Depp e Angelina Jolie está ótima, a despeito do que alguns pseudo-críticos disseram por ai. Alguns esquecem que o cinema não só foi feito para investigar e sim para entreter. Essa é a natureza prima do cinema. E eles são bem sucedidos na árdua tarefa de agradar ao publico e não a 'critica especializada'.

Do diretor de A Vida dos Outros (2006) Florian Henckel von Donnersmarc, em O Turista, vemos a história de Alexander Pearce, procurado pela polícia devido a sonegação de impostos em torno de 700 milhões de libras. Ninguém sabe como é o rosto de Pearce, nem mesmo sua amante Elise (Jolie), pois usou parte de sua fortuna em plásticas para um novo rosto. Seguindo as ordens e charadas de Pierce, Elise se aproxima do professor de matemática Frank Tupelo (Johnny Depp). Elise usa Frank para despistar a Interpol e a máfia de Reginald Shaw (Steven Berkoff), já que ele é fisicamente semelhante a Pearce. Em meio a esse turbilhão de perigos e fugas, uma paixão avassaladora começa a florecer.



O filme combina de forma homogênia os elementos de um bom 'blockbuster' e dos glamurosos filmes dos anos dourados do cinema americano. Glamuroso, elegante, cheio de locações fantásticas. Jolie e Depp conseguem imprimir o delicioso jogo de caras, suspiros e bocas de um casal que começa a se apaixonar perdida e incontrolávelmente. É quase palpável a paixão no ar. Vale também notar o convincente desespero de Frank Tupelo por ser exatamente o arquétipo inverso de Alex Pierce, e a sua frustração por não sentir-se à altura do flerte com Elise. No começo, este pequeno detalhe parece menor, mas é extremamente importante ao desfecho do longa.

Opinião: ★★★★
O TURISTA (The Tourist). Direção: Florian Henckel von Donnersmarck. Com: Johnny Depp, Angelina Jolie, Paul Bettany, Rufus Sewell, Steven Berkoff.

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