Foo Fighters: Back and Forth (2011)

Por Fernando Miranda

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Estreou nos cinemas brasileiros o documentário Foo Fighters: Back and Forth (2011) No site oficial da banda constava a estréia apenas na rede Severiano Ribeiro. Entretanto, o documentário realizado pelo oscarizado James Moll entrou em cartaz em várias salas de cinema pelo Brasil, principalmente na região sudeste. Moll, que ganhou o Oscar de Melhor Documentário com o filme Last Days (Os Últimos Dias, 1998, não confundir com a cinebiografia de Kurt Cobain de Gus Van Saint de 2005), conseguiu com a película cobrir os 16 anos de história do Foo Fighters: das primeiras fitas cassetes com músicas que Dave Grohl criara e nunca havia mostrado a ninguém, confeccionadas durante sua adolescência e carreira no Nirvana, até o sucesso de Wasting Light, seu mais novo álbum.

Dave comanda hoje o Foo Fighters, banda que é considerada por muitos com uma das melhores performances ao vivo. Já tocaram em casas de show e estádios emblemáticos como o Wembley (por onde passaram artistas como Queen e Elton John), percorrendo o mundo com suas turnês sempre esgotadas, muitas vezes dias antes das apresentações. O cineasta, que era um apreciador de sua música, tinha acompanhado de perto o caso do falecimento de Cobain. Músico amador, Moll é pianista de formação erudita, e como Grohl, teve que decidir qual caminho seguir para encontrar a felicidade. Para ele: música ou cinema? Escolheu o cinema, e foi muito bem sucedido. Após diversos trabalhos festejados por crítica e público. ‘Last Days’, seu Oscar, foi financiado pela fundação Shoah-Foundation de Steven Spielberg, criada para manter viva a memória do Holocausto e da luta dos judeus na 2ª Guerra Mundial.


Grohl, Mendel e Smear nas gravações de "Wasting Light"

Jotabê Medeiros numa entrevista para o Estado de São Paulo pergunta a Moll do por que fazer um documentário sobre a banda:
Você deve perguntar isso ao Dave (Grohl, líder do grupo). Da minha perspectiva, o que posso dizer é que me parece legal ver uma banda no auge de sua popularidade. É melhor do que uma banda à beira da aposentadoria. Para mim, trata-se de contar uma história narrada pelos seus protagonistas, essa foi minha preocupação central. Dave fala de maneira confortável sobre seu passado no Nirvana, assim como seus colegas das ex-bandas que integraram. E também ouvi ex-integrantes. É uma distinção importante: não é um filme sobre rumores, mas sobre o que se passou segundo as palavras de quem viveu aquilo.
Durante os anos 1980, ainda na adolescência, Dave havia composto e gravado diversas músicas na guitarra no porão da casa de seu amigo Barrett Jones. Depois de tocar guitarra e bateria em inúmeras bandas de punk-rock, Dave entra para a banda seminal banda de Washington DC Scream. Algumas destas canções apareceriam em um dos últimos álbuns do Scream chamado “Fumble”.

Dave grava o antológico Nevermind do Nirvana. Perambulando de Seattle para Washington, gravando esporádicamente com seu amigo Barrett, chega a lançar um álbum-coletânea em cassete lançado pela gravadora Simple Machines. Fruto do aprendizado composicional e lírico que Dave acumulou devido sua convivência com Kurt Cobain – a quem chama de gênio com freqüência – curte o sabor do trabalho autoral. Após a trágica morte do amigo e mentor, se isola da carreira musical por vários meses, até decidir seu destino.

Após declinar o convite de tocar com seu ídolo Tom Petty, Dave começa a regravar com Barrett as músicas que guardara com tanto carinho. As marcas registradas da nova banda começavam a surgir vividamente: guitarras pesadas e barulhentas de melodias singelas que mesclavam a sensibilidade punk, e letras incrivelmente belas e bem escritas. O primeiro álbum do Foo Fighters foi gravado e mixado em uma semana. Logo a demo foi distribuída aos conhecidos se tornaria objeto de uma guerra entre gravadoras, e, ao invés de gravar tudo de forma solo, Dave decidiu realmente formar a banda.


Grohl introspectivo, ainda membro do Nirvana

Nat Mendel e William Goldsmith, respectivamente baixista e baterista do Sunny Day Real Estate juntam-se a Dave no projeto logo após a separação da banda. Para completar, Pat Smear, ex-colaborador do Nirvana e guitarrista do The Germs entra para completar o time. O nome da banda foi tirado de um termo usado por pilotos da Segunda Guerra Mundial para designar objetos voadores e fenômenos aéreos não identificados. Lançado em 1995, o álbum auto-intitulado foi lançado pela Capitol Records, e foi um sucesso instantâneo nos Estados Unidos. “This is a Call”, “Big Me” e “I’ll Stick Around” tocavam incessantemente nas rádios, abrindo portas e janelas para que o Foo Fighters conquistasse platéias da América e do mundo.

Atualmente a banda conta com Chris Shiflett (ex- No Use for a Name) e Pat Smear (guitarras), Nate Mendel (baixo) e Taylor Hawkins (ex-Alanis Morissete, bateria). Lançaram os álbuns “The Colour and the Shape”, “There Is Nothing Left to Lose”, “One by One”, “In Your Honor”, “Echoes, Silence, Patience & Grace” e o mais novo álbum, “Wasting Light”, e que conta com as participações de Bob Mould (Hüsker Dü) e Krist Novoselic (ex-Nirvana).

Crítica: em breve.

Assista o trailer:



Caso não consiga ver o vídeo, clique aqui

Fontes:
>> Metacritics
>> Foo Fighters Br

Fernando Miranda

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