Pouco se pode saber de Anton Vill. O que podemos perceber logo de cara, é que o trabalho de Vill é contundente, e merece ser destacado. Usando grafite, lapiseira ou uma simples caneta, Vill enche seus sketchbooks com vísceras e outras partes da anatomia humana num caos vertiginoso.
Detalhe por detalhe, Anton Vill faz com que percorramos seus desenhos com um misto de espanto, hojeriza, encanto e indignação. Sua técnica é exuberante, e "dá vida" à personagens beiram o Renascimento das obras de Leonardo DaVinci, rechonchudos; mas que se desfazem em veias, glóbulos, e muitas vezes em flores e objetos, num surrealismo digno de um Salvador Dali possuído por um demônio das obras de Hieronymus Bosch.

Vasculhei a web procurando por seu site oficial, ou informações mais detalhadas sobre o artista. A única coisa que consegui descobrir é que Anton Vill é homem, e nasceu na Estônia. As personagens de Vill surgem do papel em estado contemplativo, ora confabulando, ou simplesmente encarando o horizonte com feições desamparadas. Suas obras contém, em grande parte, crianças pequenas ou mulheres, remetendo à concepção e à perda da sanidade ou inocência. Todos eles "imperfeitos", segundo a nossa cultura atual: gordos, carecas, descabelados, magros, nos mostrar o quão feio e miserável nós somos, podemos ser, ou tememos ser, num amálgama de símbolos e dissecações. Chega de viajar na maionese. Confira o trabalho do cara:






 





Via: Juxtapoz 
Fontes: Behance, Tumblr