Fiddle Oak e o Grande Mundo das Pequenas Pessoas

Zev tem 14 anos de idade, e vive em Massachusetts. Vem fotografando coisas há 6 anos, desde os 8 de idade. E estes fatos seriam algo bastante simplório na história que estou prestes a contar, se Zev não fosse o artista que é. Sob a alcunha de Fiddle Oak, compõe fotos lindamente arranjadas.

Até então, nada de extraordinário. A grande questão é que o garoto, já nesta tenra idade, além de ter um excelente olhar, cria conceitos que encantam qualquer apaixonado pela arte heliográfica (ou digital). Com a ajuda de Nellie, a irmã mais velha, ele edita e remixa a arte para explanar exatamente o que deseja. E seu trabalho conceitual começa a chamar cada vez mais atenção dos veículos e blogs especializados em criatividade e comunicação visual.

Você verá nas fotos abaixo que Zev cria mundos fantásticos, com pequenos "duendes", pessoinhas perdidas na imensidão de um ambiente. Como se nós fossemos criaturas encantadas perdidas em um mundo que passa -- muitas vezes -- desapercebido dos nossos sentidos. Teclas de piano, pedras, degraus de uma escada, tudo parece mais próximo, valorado, quando comparado ao tamanho diminuto das personagens.

A diminuição das personagens talvez não seja a mensagem principal a ser observada, mas sim a grandeza do mundo, do ambiente, das pequenas coisas frente ao nosso mesquinho desejo de posse e acúmulo. Não consigo deixar de pensar ao ver tais fotos: é preciso contemplar as coisas à nossa volta com calma e consciência. Precisamos deixar de ver nosso mundo algo ordinário, que está aqui pra ser palco das nossas intempéries. Nós somos apenas pequenos atores nesta cósmica existência.